O Parque Nacional de Itatiaia (site) foi criado em junho de 1937 de tal forma que é o primeiro parque do Brasil. Situado na Serra da Mantiqueira, o Parque abrange não apenas o municípios de Itatiaia mas também Resende, ambas no Estado do Rio de Janeiro e Bocaina de Minas e Itamonte no Estado de Minas Gerais.
A altitude varia de 600 a 2.791 m, no seu ponto culminante, o Pico das Agulhas Negras, que é o quinto maior do Brasil, de acordo com o IBGE.
Na região do Planalto do Itatiaia, também conhecida como Parte Alta, encontram-se os campos de altitude e os vales, onde nascem diversos rios.
Por fim, a parte baixa caracteriza-se por sua vegetação exuberante e generosos cursos d’água, com diversas áreas apropriadas para banho.
Estivemos lá no dia primeiro de janeiro de 2021 e no domingo de Corpus Christi do mesmo ano, no dia 06 de junho.
A entrada para o parque é paga e custa R$18,00 por pessoa e mais R$16,00 para entrar o carro. Para a parte alta, elas tem que ser compradas pela internet por causa da pandemia. A estrada até o parque é simplesmente péssima e por isso é preciso ir de carro 4×4.
Quando você chega tem que preencher uma ficha com seu nome, cpf, nome de quem está com você e dados do veículo. Logo após, eles vão indicar o lugar para parar o carro e você irá fazer a partir dali tudo a pé.
No parque existem diversas atrações e não dá para fazer tudo no mesmo dia se você pretende subir todos os Picos que tem nele. Então, dependendo da sua velocidade, dedicaria uns três dias para fazer tudo com calma ou até mais porque existem também as travessias. Aliás, as travessias são interessantes e ao acessar o site do parque, são exibidos os percursos.
Se você tiver interesse em contratar um guia na cidade, eu indico uma grande guia e amiga. Seu nome é Millena Pitanguy e os contatos são: instagram e telefone: +55 31 9216-7528. Tenho certeza que vocês estarão em ótimas mãos.
Nos começamos pela Trilha dos Cinco Lagos que, já logo no começo, estava até parecendo fácil e vendo os lagos que são lindos. Até que, ao contornar um dos montes, o terreno virou só pedra e, além disso, subidas escorregadias que se você tiver dificuldades de equilíbrio, se estiver chovendo ou tontura com altura eu não recomendo.
Afinal, são pedras grandes soltas e é preciso que ir de uma para outra, às vezes pulando, para chegar até a bifurcação que vai para Cachoeira Aiuruoca e Pedra do Sino de um lado, ou sentido Abrigo Rebouças, Pedra do Altar no outro lado. É possível chegar até essa bifurcação por outros caminhos, mas optamos por esse.
Essa primeira trilha que pegamos, dos Cinco Lagos, estava super bem sinalizada com totens e bastões pintados de vermelho e foi possível se guiar bem, mas já tínhamos baixado o GPX no relógio para nos localizarmos, também.
Dessa região, você consegue ver o Pico do Papagaio, no PESP (Parque Estadual da Serra do Papagaio) e em frente Ibitipoca. Tentei tirar diversas fotos, porém quando ia bater o pico já estava entre nuvens, mas vou colocar a foto mesmo assim.
Após passar as pedras pegamos a trilha da esquerda para que pudéssemos conhecer a cachoeira Aiuruoca e a Pedra do Sino. Até a cachoeira, a trilha está bem demarcada e vale a pena conhecer. Ao chegar, você fica em cima dela e não achamos trilha para descer, mas ela é linda de cima.
Nela tem uma bifurcação a esquerda, que é um caminho de cerca de 200 metros até a cachoeira e, em contrapartida, a direita você pega a trilha para a Pedra do Sino. Essa está muito mal sinalizada, a mata muito fechada e encontramos até animal morto no meio da trilha.
Conseguimos ir pelo relógio e por totens bem distantes um do outro que estavam no caminho. Por fim, chegar ao cume da Pedra do Sino é muito emocionante pela dificuldade e o visual que você encontra: as costas do Pico das Agulhas que se ergue cerca de 150 metros acima, de forma imponente e impressionante. Lá, há um livro de cume para você assinar.
Sem dúvida, ficamos muito felizes ao atingir o cume.
Após isso descemos e fomos em direção ao Pico do Altar e lá é mais simples de chegar e tem sinalização a vista é sensacional, porque você fica de frente para os Agulhas Negras e valeu muito a pena. Nossa vista do parque estava prejudicada pelo mal tempo.
Após a subida ao Altar, começou a chover demais com relâmpagos e fomos direto para Abrigo Rebouças. Nesse ínterim, vimos de longe a Asa de Hermes e contornamos os Agulhas Negras pela base. Imediatamente antes do abrigo, devido a chuva, um lago fica com muita água e a passagem deve ser feita pelas pedras, pois parte da passagem se transforma numa cachoeira bastante caudalosa.
Ao chegarmos no Abrigo seguimos direto para a portaria, porque a chuva estava muita forte e resolvemos deixar o resto do parque para depois, mas espero que o nosso percurso tenha ajudado e estimulado você a conhecer o Parque Nacional de Itatiaia.
O último dia do final de semana esticado com feriado de Corpus Christi, em 2021, foi quando escolhemos para voltar a parte alta do Parque Nacional de Itatiaia. Desta vez, fizemos um percurso de cerca de 12 quilômetros que saía do estacionamento próximo a portaria, passava pelo Pico do Couto e, em seguida, pelo Maciço das Prateleiras.
O primeiro trecho, do estacionamento até o cume do Pico do Couto, é curto pois tem cerca de 2900 metros de distância, com uns 200 metros de ganho vertical. No entanto, os últimos 200 metros desta parte são bem travados, com pedras difíceis de serem escalaminhadas.
Ao chegar, pudemos contemplar a vista do Agulhas Negras e da Serra Fina. Infelizmente, uma nuvem bloqueava a vista para a Serra da Bocaina, no outro lado do Vale do Rio Paraíba do Sul. O cume do Couto é o nono mais alto do país com 2680 metros de altitude.
Depois de alguns minutos e belas fotos, continuamos nosso trajeto. Nesse meio tempo, entre descidas e subidas, algumas escalabundadas para baixo e 4 quilômetros na trilhas, chegamos a base das Prateleiras.
De lá, avistamos diversas pessoas escalando um lado vertical do pico, além de outras que surgiram no topo. Acho que subiram pelo outro lado, já que não tínhamos visão para nos certificarmos.
No caminho, entre o Couto e Prateleiras, ainda passamos pela Toca do Índio, que é uma pequena gruta e, por fim, na volta do Prateleiras até o estacionamento, pela Cachoeira das Flores.
Vejam a baixo nosso corrida no wikiloc e espero que vocês tenham gostado e se inspirado em ir conhecer a região.
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