França

O que conhecer na Borgonha

O que conhecer na Borgonha?! é uma ótima pergunta, porque a região é constituída de diversas mini cidades super charmosas e com uma ótima gastronomia.

Fomos passar 15 dias na região e escolhemos algumas cidades principais para visitar, mas existem placas de sinalização com várias atrações pela estrada mostrando um pouco das curiosidades de cada lugar.

Como chegar na Borgonha

Borgonha é uma região e suas cidades são pequenas, por isso, não possui um aeroporto, portanto a forma mais simples de chegar é ir a partir do aeroporto de Paris. De lá, é possível pegar três meios de transporte diferentes: carro, trem ou ônibus.

Você pode alugar um carro, que achamos a melhor opção, também foi a que escolhemos e ir percorrendo as pequenas cidades os 340km, pagando apenas um pedágio, levando de 3 a 5 horas de viagem dependendo do seu destino.

Outra opção é ir de trem, esse varia de preço se é expresso ou regional, e leva em média 3 horas de viagem até Dijon. A última opção o ônibus leva 5 horas, mas é a opção mais barata: entre € 15 e € 25 , dependendo da empresa, que pode ser a Flexibus (mais cara)€ 20 ou a Ouibus (mais barata) € 16.

Quando ir para Borgonha

A melhor época para visitar Borgonha é durante o verão e a primavera, portanto maio a setembro, porque apresenta temperaturas amenas para realizar os passeios. Para fazer tours pelas famosas vinícolas da região é aconselhável ir antes de setembro, após isso ocorre a colheita e maioria das vinícolas ficam fechadas para visitantes.

Mas se você prefere uma viagem com menos turistas, mais barata e aproveitar melhor as cidades então a melhor época para a sua viagem é o outono de setembro a dezembro.

Quais cidades conhecer na Borgonha

Uma das principais atrações na região são os famosos vinhos e vinícolas, mas as cidade são lindas, podendo até fazer mais de uma em um dia. Então aqui colocamos o mapa das cidades que conhecemos.

Auxerre

Auxerre é a primeira cidade que você irá encontrar na rota e indicamos ficar pelo menos um dia para explora-la, porque a cidade é simplesmente incrível com seu canal e arte para todo lugar.

Nela, é possível encontrar algumas das artes plásticas mais antigas da França, além de relíquias religiosas. É possível ver diferentes obras na Catedral de St-Etienne, Abadia de San Germain e Igreja de Saint-Esebe, todas são lindíssimas e valem a visitação.

A cidade conta com 35 monumentos históricos e três museus. Um desses monumentos é La Tour de l’Horloge, a torre do relógio do portão da antiga Paris, além de contar com uma ótima gastronomia, com diversos restaurantes e bares por toda cidade.

La Tour de l’Horloge
Vista da cidade de Auxerre

Dijon

Dijon é a capital administrativa da região, e vai te conquistar assim que você chegar. Explore o centro, veja a sua bela arquitetura, e também conheça uma das principais áreas produtoras de vinho do país.

Fica a 310 km de Paris, 200 km de Genebra e Lyon, sendo uma cidade ótima e estratégica para se hospedar. É famosa mundialmente pela mostarda de Dijon e vale a pena demais fazer o passeio para conhecer a fábrica e provar as mostradas nas lojas.

Mostarda Maille loja no centro

A maior curiosidade sobre a cidade é que os pontos turísticos mais importantes estão marcados pelo Percurso da Coruja. Há o desenho do pássaro no chão, com um número ao lado. O livro com explicações dos pontos turísticos está a venda em diversos idiomas em qualquer posto de atendimento a turistas por apenas alguns euros.

Percurso da Coruja

Existe também a opção de guia de turístico, mas dá para conhecer bem a cidade com somente o mapa, portanto acabamos não comprando o guia da coruja.

Visite o Arco do Triunfo, o Museu de Belas Artes 1787, que está situado no grande Palácio dos Duques , lar dos antigos duques da região. Além disso, a Catedral de Notre Dame do século XIII, mais antiga que até mesmo a catedral parisiense, além do Mercado Municipal Les Halles que possui uma ótima gastronomia, Igreja Saint-Michel, Hôtel de Vogüé, entre outros.

Palácio dos Duques

Beaune

Beaune, a capital do vinho da Borgonha, e reúne charme único: as muralhas que rodeiam toda a cidade. Durante a noite, ocorre um show de luzes lindo e vale um bate e volta.

Mas o museu que é imperdível é o Hospices de Beaune – Musée de l’Hôtel Dieu. É um hospital fundado em 1443, que conta com uma arquitetura gótica, telhas coloridas e belos murais, além de obras artísticas e sacras. Vale muito a pena pegar audioguia e entender sobre a história do lugar.

Além da grande produção local de vinhos, Beaune fica estrategicamente posicionada no centro de um grande “cinturão” de vinhedos e vinícolas conhecido como ‘Cote D’or’ (a costa de ouro).

Ao sul de Beaune fica a região denominada ‘Côte de Beaune’, onde em geral são produzidos vinhos de estilos mais suaves e frescos. Alguns dos vilarejos mais importantes (e que dão nome aos vinhos) são Pommard, Volnay, e Meursault.

Já mais ao norte da cidade, no caminho para Dijon, está a região da ‘Côte de Nuits’. Nesta região, produzem os vinhos mais intensos e complexos, especialmente os tintos da uva pinot noir.

Em Beaune aproveitamos para fazer degustação de vinho no Cellier de la Cabiote e conhecer a produção de mostarda em La Moutarderie Fallot, que foram passeios incríveis e a venda é realizada nas Informações turisticas.

Hospices de Beaune – Musée de l’Hôtel Dieu

Vézelay

É um vilarejo, muito gostoso para ir passar o dia possui belos vinhedos, campos e casas medievais. O seu maior atrativo é a beleza natural do local, como a “colina eterna”, onde fica a vila. No alto da colina possui um dos mais importantes momentos da história do cristianismo, como por exemplo, a concentração para as Cruzadas.

Em Vézelay fica a Basílica Santa Maria Madalena que é um mosteiro Beneditino. Nela estão supostas relíquias de Maria Madalena, expostas durante a Idade Média, trazidas da Terra Santa. Considerado pela Unesco como Património Mundial da UNESCO.

No começo da cidade, onde se para os carros, tem um restaurante excelente que quero deixar a dica Relais du Morvan, ótima opção para almoço ou janta.

Basílica Santa Maria Madalena

Avallon

Avallon não é uma cidade para se hospedar está mais para uma cidade de passagem, mas que vale a pena conhecer.

Imponente e antiga cidade fortificada na região da Borgonha, Avallon está, sem dúvida, em um contraforte de granito entre dois desfiladeiros ao longo do rio Cousin.

A cidade passou por sucessivas guerras de sarracenos, normandos, ingleses e, por fim, franceses, que marcaram Avallon, o que justifica seu aspecto defensivo.

O principal monumento que é a Église St-Lazare, românica do século XII, com dois magníficos portões, o maior com os signos do zodíaco, os trabalhos do mês e os músicos do Apocalipse, e a nave decorada.

Torre do relógio de Avallon
Ruas de Avallon

Joigny

Em menos de duas horas de Paris, ao cruzar a ponte sobre o rio Yonne, você mergulha numa jornada pelas ruelas com monumentos e fachadas do século XVI, sem dúvida, um verdadeiro passeio pela história e a arte.

A Igreja de São João domina toda a cidade. Foi reconstruída várias vezes ao longo dos séculose, entretanto, a última vez foi no século XVI, após o incêndio de 1530. Sua construção terminou em 1596 por jovinian o arquiteto Jean Chéreau.

A Igreja de São Thibault, de estilo gótico e renascentista, foi construída entre 1490 e 1529. Sua marca principal é, com toda a certeza, a estátua equestre do escultor Jean de Joigny.

A Igreja de Santo André, fundada em 1080 se orgulha de ter um órgão de Daublaine-Callinet, instalado em 1842.  

Entre uma igreja e outra, Béatrice me apresenta a Casa Pilori, do século XVI. Pilares esculpidos em madeira, fachada decorada com cerâmica verdes, azuis, amarelas e telhas vitrificadas destoam dos monumentos da cidade.

Joigny

Grotes d’Arcy-Sur-Cure

Essa é uma gruta que fica no caminho entre entre Auxerre e Avallon, em Yonne. Sem dúvida, Vale muito conhecer e ficamos encantados com a visitação que fizemos. A visita é feita não apenas em francês como também em inglês com o guia do parque e é paga.

São um conjunto de 11 cavidades escavadas pelo Cura. A Grande Grotte, a única aberta à visitação, é a caverna decorada mais antiga do mundo depois da caverna de Chauvet.

Suas pinturas parietais de 28.000 anos, em sua maioria de cor vermelha, são divididas em mais de 140 unidades gráficas, incluindo sessenta animais (mamutes, ursos, felinos, pássaros, etc.). Além disso, há também impressões de oito mãos negativas e vários sinais.

Mas nem todas as pinturas estão disponíveis ao público, mas as que você irá ver vai ser extremamente impressionante.

Espelho d’água
Estalactites e estalagmites na Gruta

O que comer na Borgonha

 A Borgonha (em francês, Bourgogne) é outra importante região produtora de vinhos, é considerada a segunda mais importante da França e uma das mais prestigiadas do mundo, também é considerada a capital gastronômica da França.

Para abrir o apetite na região, indicamos iniciar pelos Escargots à la bourguignonne, pois o tempero é simplesmente maravilhoso. Além disso, outra opção são os gougères, pequenos bolinhos de massa choux com queijo gruyère, presunto cru e rosette du Morvan. Por fim, ainda tem o jambon persillé, moldado em uma terrina com uma geleia aromatizada com vinho branco.

Escargot

Antes de mais nada, para prato principal indicamos, o Bouef Bourguignon que é apenas um picadinho de carne com vinho, cebola, cogumelos e bacon, um clássico francês. Parece muito com o brasileiro, porém com um molho com um gosto bem mais forte por causa do vinho.

Bouef Bourguignon

Não podendo esquecer de provar a mostarda Dijon.

Outras dicas que achamos importante salientar da culinária francesa é sopa de cebola que é simplesmente incrível, bem como, a sobremesa clássica que é o creme brulee.

Sopa de cebola
Creme brulee

Leia mais sobre a nossa viagem em o que fazer em Paris.

Carol Varuzzi

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Carol Varuzzi

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