Paranapiacaba foi fundada a fim de servir como centro de controle operacional e residencial para os funcionários da companhia de trens São Paulo Railway. Dessa forma, esta antiga companhia de origem inglesa operava as estradas de ferro que transportavam cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos e vice-versa.
Apesar de ser distante do centro de São Paulo, a Vila de Paranapiacaba fica no ABC paulista. Faz parte do município de Santo André.
Antes de mais nada, não tem como contar a história da vila sem falar sobre a construção da estrada de ferro Santos Jundiaí.
A estrada de Ferro Santos-Jundiaí tem suas origens após 1946 com o fim do monopólio inglês na ferrovia São Paulo Railway Company (SPR). A ferrovia foi inaugurada em 1867 com o intuito de interligar os municípios paulistas de Santos a Jundiaí, tendo como principal ponto de passagem a cidade de São Paulo.
Em suma, o projeto da estrada de ferro foi promovido pelo Barão de Mauá, grande industrial brasileiro, que convenceu o governo imperial da importância da ferrovia para ligar São Paulo até o porto de Santos.
Por causa de um trecho de 800 metros de altitude e 8 quilômetros de extensão da Serra do Mar, os especialistas da época consideravam uma obra impraticável. Por isso, Mauá chamou um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees.
Brunless, quando veio ao Brasil e para executar o projeto, convidou o engenheiro Daniel Makinson Fox, já que ele havia acumulado experiência na construção de estradas de ferro através das montanhas do norte do País de Gales.
A origem é indígena do tupi e significa “de onde se vê o mar“, na junção de paranã (mar), epîak (ver) e aba (lugar)
Durante a construção da ferrovia e da estação de trem, fizeram um relógio inglês, visto que esta é uma característica das grandes estações férreas da Grã Bretanha industrial.
Entretanto, os ingleses não estão mais na vila, onde restam apenas ruínas de casas tombadas pelo IPHAN, que são marrons e com características peculiares.
Para chegar a cidade, em princípio, indicamos colocar a localização da Igreja de onde, a 200 metros, existe um estacionamento e, de lá, seguir a pé. Os primeiros monumentos que você irá encontrar serão o cemitério e a Igreja.
A cidade divide-se em parte alta e parte baixa e sua junção ocorre por uma passarela.
Ao parar no estacionamento, há um mirante que vale a pena para ver a cidade de Cubatão, mas fica do lado contrário da cidade.
Deste mirante é possível ver o trajeto da linha férrea e a baixada Santista. Faz parte de um trecho do caminho do Peabiru, também chamado de “Trilha dos Tupiniquins“, que ligava o Oceano Pacífico ao Atlântico.
Construída em 1889, a pequena capela de Paranapiacaba fica no alto do morro, na cidade alta. Atrás dela, fica o Morro do Cruzeiro que ergueram em 1941 a fim de celebrar as passagens do grupo de padres missionários pela vila e de lá um mirante com vista para estação ferroviária e o centrinho da Vila.
Construído por Bento José (ponteiro), um dos primeiros moradores da parte alta, comerciante de Mogi das Cruzes. Ganhou seu nome em 1910. E podemos encontrar diversas lápides de trabalhadores da São Paulo Railway que faleceram em serviço.
Construída em 1889, uma passarela metálica, para a travessia de pedestre, a fim de evitar a circulação da pessoas pela ferrovia que era arriscado.
Todas as atrações se encontram fechadas na cidade por causa da pandemia da COVID-19, então só conseguimos tirar foto por fora das atrações.
A torre é de 1898 e tem características do relógio inglês John Walker, e foi o que restou por causa de um incêndio em 1981. Pode ser visto da passagem entre a parte alta e a parte baixa da cidade.
E, para ficar mais próximo do relógio, com toda a certeza, indicamos ir ao Viradouro que é o dispositivo utilizado para reverter o sentido da locomotiva.
O local é muito legal para passear e ver a estação e o final da linha do trem, dando para tirar muitas fotos lindas.
Vimos que tem um passeio com saídas aos domingos, sendo barato que é viagem de trem até Paranapiacaba com a CPTM, com saída da estação da luz, estando até então sem previsão de retomar as viagens.
Antigamente o valor do ingresso era de R$44,00 por pessoa, o valor para 01 pessoa e uma acompanhante R$77,00, existindo desconto progressivos quanto maior o número de pessoas, mas não sabemos se pode ter reajuste, por isso é melhor usar o site da CPTM.
O museu fica entre as linhas do trem, a céu aberto. Existe um passeio de Maria Fumaça, mas não tivemos nenhuma informação sobre a retomada ou valor.
Construído em 1897 para ser residência do Engenheiro Chefe em Paranapiacaba da Estrada de Ferro, com uma vista privilegiada da vila. O prédio passou por várias reformas mas mantém suas características originais e abriga exposições. Só pode chegar até o portão.
A prefeitura criou o Parque Natural Municipal em 2003, como uma unidade de conservação dos recursos naturais e biodiversidades da Mata Atlântica e mas para conhecer é preciso que contratar um guia credenciado.
Dentro do parque, fica o Núcleo Olho D’água nascentes onde as águas são coletadas por canaletas construídas por ingleses, indo pelo caminho dos Gravatás e Hortênsias.
Fundado em 1936. No térreo tem um salão com palco não apenas para para apresentações culturais como também para atividades de lazer como o carnaval entre outros e a fundo dois camarotes, uma mesa de bilhar e carambola. No andar superior, há um salão de jogos, sala de troféus e administrativa.
São exemplos de moradias aos operários da ferrovia edificadas no final do século XIX, que receberam o nome por conseqüência de homenagem ao engenheiro Daniel Marckinson Fox que veio para a construção da estrada de ferro.
Na frente do Viradouro que é um eucalipto no meio do caminho entre a Vila de Martin Smith, o pátio Ferroviário, a Vila Velha e a Parte Alta, o que caracterizou o local como lugar de bilhetes e avisos públicos e atualmente símbolo da memória dos moradores.
A São Paulo Railway Company construiu o prédio em 1899 que abrigava o comércio de produtos e alimentos. Em 2003, o prédio foi restaurado pela prefeitura.
Hoje abriga uma feira de produtos a base de Cambuci, que é uma fruta que vem do cambucizeiro, uma árvore nativa da Mata Atlântica na vertente da Serra do Mar Paulista. É uma fruta que, para mim, se parece com limão, mas é um pouco pegajosa, e vale a pena provar.
Há produtos tradicionais, só para ilustrar, geleia, cerveja, licor, cachaça e cocada, entre outros.
Fundado em 1903, foi o primeiro clube na região da ABC, com um time de futebol chamado Serrano e, além disso, disputavam campeonatos em São Paulo. Era uma construção de Alvenaria na Vila Velha, depois o Serrano foi unificado com o Clube Lyra da Serra e, em seguida, a edificação foi utilizada para outros fins. Hoje só se encontram ruínas.
Conjunto de quatro casas que abrigam o sistema de edificação da vila e , sem dúvida, está em bom estado de preservação.
Local onde se concentra atividades comerciais , cuja a sede era a antiga estação ferroviária. Ganhou esse nome, porque os padeiros da vila aguardavam no local para seus produtos serem levados pelos trabalhadores que moravam na Serra do Mar.
Planejamento inglês de implantado na Vila Martin Smith no novo traçado urbano a Viela Sanitária. Essas vielas ficavam no fundo dos lotes com o intuito de simplificar a implantação e manutenção dos dutos para sistema de água e esgoto.
Galpões específicos destinados ao serviço de manutenção geral e formação de novos profissionais.
Construção de alvenaria e tijolos que era a antiga Delegacia de Policia e Cadeia, não se sabe a data da construção, mas o Distrito Policial foi criado em 04/10/1897.
Famosa por seus remédios para os rins. O proprietário Godofredo da Camara Genofre, nasceu no RJ em 1978 e mudou para cidade em 1903, foi vereador da cidade e Juiz da Paz. A farmácia funcionou até meados do ano 2000 e atualmente a AMA – Associação dos Monitores Ambientais ocupa o prédio.
Todo o nosso passeio na cidade foi para começar a explorar as trilhas na região e passeamos pela Trilha do Sal, pela qual fizemos somente 10 km da trilha ida e volta, mas a trilha tem 27 km somente ida até a vila de Taiaçupeba, além da travessia do Funicular que queremos conhecer.
A trilha é um estradão onde tem ora subidas, ora descidas e é ótimo para treino.
Existem vários restaurantes e locais com comida caseira, não só a la carte como também self service, e acabamos escolhendo comer no Bar da Zilda.
Era sábado e, dessa forma, escolhemos nosso prato favorito, que é a feijoada num lugar muito agradável e gostamos muito da comida. Além disso, dentro do local, existem produtos de Cambuci para venda.
Após o almoço, já que queríamos uma sobremesa, paramos em uma sorveteria, cujo dono é de Bertioga e que vende sorvetes e picolés de frutas super diferentes, de uma marca chamada Picolés da Mata Atlântica.
Provamos dois sorvetes sendo um de Jussara com Banana e outro sabor Uvaia e gostamos dos dois sendo que o primeiro, com toda a certeza, parece muito com açaí, até pela cor e o segundo é muito cremoso.
A loja vende também cambuci congelado para você fazer suco em casa, sendo um ótimo local para conhecer.
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Sr Mario,
Sou Vera, trabalhei no Estadão por 18 anos... Conheci a Dinah Bueno que me indicou o remédio para pedra nos rins da Farmácia do pai dela , na época eu havia até marcado uma cirugia mas nem precisei, a pedra saiu, foi maravilhoso o tratamento com as cápsulas!!!!
Consegui comprar o remédio em uma Fármácia da Casa Verde mas infelizmente não sei mais como encontrar. Caso o Sr saiba onde posso comprar serei eternamente grata, meu pai está com esse problema agora coitado! Agradeço desde já, deixo o meu e-mail também: vera.braz@gmail.com
Na verdade a farmácia do Sr. Genofre e Dona Milita era no prédio ao lado.
A Farmácia São Silvestre foi do Sr. Alcebiades Bueno, pai da Dinah Bueno Pezzolo, que foi redatora chefe do suplemento Feminino do Estadão.
Casada com Alpheu Pezzolo, um grande dentista e professor de Biologia em Santo André sp.
Tão perto e pouco explorado né. Adorei!!
Para mim também foi uma surpresa! Que bom que vc gostou! 🥰