Antonina é uma cidade litorânea surpreendente que fica a 15 quilômetros de Morretes, entre as montanhas da Serra do Mar.
O centro histórico, repleto de sobrados coloniais, embora alguns reformados, e as ruínas do antigo porto, foi o que restou do auge da época em que se exportava erva-mate que vinda do interior do Paraná.
É a cidade onde termina a Estrada da Graciosa e possui uma culinária muito parecida com Morretes podendo, assim, desfrutar na região de um belo barreado, que é um prato típico local parecido com uma carne de panela.
No ano de 1648, o capitão povoador Gabriel de Lara concedeu a distribuição de terras a Antonio de Leão, Pedro Uzeda e Manuel Duarte para iniciar o ciclo do ouro.
Em 1927 o porto de Antonina chegou a ser o quarto maior do Brasil comercializando erva mate, mas isso gerou uma tensão com Paranaguá conhecida como “Guerra dos Portos”, que foi uma disputa política-econômica. E hoje sua economia é baseada no turismo, agricultura e pequenas fábricas de banana.
O ramal ferroviário Antonina-Morretes começou a operar em 1892 conhecido como “Estrada de Ferro Imperial Dona Isabel”, porque o projeto original dos irmãos Rebouças partia de Antonina e não de Paranaguá. Hoje a malha foi reformada e funciona Maria-fumaça que faz o percurso de uma cidade até a outra.
As duas opções que mais valem a pena são de trem ou van e carro. Preferimos ir de carro pois queríamos visitar a cidade com mais calma.
Existem diversas empresas que operam a viagem de trem de Curitiba até Morretes, sendo que algumas oferecem uma parada em Antonina, seja na ida ou na volta, e a subida ou descida pela Estrada da Graciosa.
Saindo de Curitiba, o percurso mais rápido é pela BR-277 (83 km), pois a via duplicada e, depois, seguir pela PR-408. Nessa opção há cobrança de um pedágio que custou R$23,30.
A outra opção é a Estrada da Graciosa (76 km), que se inicia pela BR-116 e depois PR-408, sem pedágio, mas com curvas sinuosas. Para quem vem do litoral do Paraná ou Santa Catarina, o acesso é pela PR-518, BR-277, depois PR-408.
A igreja já estava lá 82 anos antes da fundação oficial da cidade e, desse modo, a cidade era chamada de Capela e seus moradores de Capelistas, a Igreja fica em dos pontos mais altos da cidade possuindo uma bela vista.
A Estação Ferroviária de Antonina é uma bela construção da fase áurea do mate, construída em 1916, em estilo eclético, com detalhes requintados. Nela, embarcamos na não apenas charmosa mas também mais antiga Maria Fumaça que vai até Morretes, num passeio de uma hora entre as cidades.
A vista é agradável e, além disso, um violeiro anima o Trem Caiçara (instagram) como o mesmo é conhecido. A volta é de van num curto percurso de 20 minutos. Contratamos a empresa Special Paraná e o passeio foi extremamente agradável.
Fundado por volta de 1785, o Teatro municipal está totalmente reformado e localiza-se na Rua Carlos Gomes da Costa. A construção está em ótimo estado se destacando dos antigos casarões do local de tal forma que várias pessoas famosas já se apresentaram nele, inclusive Carmem Miranda.
É, portanto, um patrimônio artístico e histórico do Paraná.
Na baía de Antonina, há um píer onde acontecem passeios de barco, que levam até algumas ilhas e praias.
Entre as praias, se destacam: A Prainha, que possui águas claras e rasas; e a Ponta da Pita, formação rochosa que avança dentro da baía.
Estão reformando e revitalizando o pier quando fomos na região estava em obras.
O Mercado Municipal da cidade fica ao lado do pier e lá eles vendem lembranças da cidade. Além das lojas, há um restaurante de frente para o mar e um outro que vende pastel e, apesar de ser pequeno, o local está em boas condições.
Casarão que foi utilizado para o filme brasileiro Oriundi protagonizado por Anthony Quinn e tombado pelo patrimônio artístico e histórico do Paraná.
Fundado em 1867 e fechada na década de 1960 em virtude de ser implantado o saneamento básico na cidade.
A Praça central de Antonina possui alguns monumentos em seu entorno, um coreto, um chafariz. Além da praça em si, fica ao lado da Igreja matriz e de um belo conjunto de casario antigo, mas nada que chame muita atenção.
Tombado em 2012 pelo Iphan, o Armazém Macedo traz 300 anos de um raro exemplar de arquitetura industrial de meados do século XIX, pois representa a fase áurea da industrialização e da atividade portuária no estado.
O casarão à beira mar era dividido em duas partes, uma destinada ao depósito de ervas mate, já que esta era a principal atividade econômica do período e a outra destinada a habitação dos Macedo.
O local parece ser lindo com uma reconstrução em vidro, luminárias e outras fontes de iluminação, mas se encontrava fechado quando fomos.
Visitamos a fabrica da Bala de Banana Bananina em Antonina de tal forma que adoramos o local. A cidade toda vende balas de bananas pois é um produto típico da região.
Os sócios Zung Sui Shen, Luiz Chemin e Antonio Olmir Mendes, conhecido por Miro, fundaram a fábrica em 1973.
Nascido em Encantado-RS, Seu Miro mudou de Lages–SC e, logo em seguida, para Curitiba em 1969, acompanhado pela esposa e suas três filha. Em 1972, veio para Antonina para fazer um frete de um trator para uma fábrica de palmito em conserva e, em seguida, o convidaram para trabalhar como motorista da fábrica.
Já no final de 1973, passou a ser sócio-proprietário, mas a partir daí construiu um patrimônio primeiro com o palmito e depois a fábrica de bala de banana.
Seu Miro faleceu no final de 1995, e nos dias de hoje sua filha Maristela administra os negócios.
A fábrica vende não só todo tipo de balas de banana de toda maneira com sabores diferentes, como também chocolates e outros tipos de produto feitos a mão e cachaça da região. Por causa da pandemia não está acontecendo visita, mas dá para entender bem nas fotos que estão nas paredes da fabricação. Com toda a certeza, vale a pena a visita, porque faz parte do turismo local.
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Como já escrevemos em Morretes e em Paranaguá o prato típico da região é o Barreado, então esse não poderia faltar no nosso pedido, porque desde a primeira vez que provamos o prato nos adoramos.
Desde 1981 que Joca, um paulista que foi para Antonina, possui o restaurante com ótimos frutos do mar. Entretanto, ele faleceu e quem toca o negocio são suas duas filhas.
Na entrada, um papagaio como o nome de Girico já faz a recepção e sucesso com as crianças. As paredes são cheias de tudo quanto é tipo de enfeites que podemos imaginar. A maioria, lembranças dadas pelos clientes do local.
Como estávamos em cinco pessoas pedimos dois pratos que estavam deliciosos. No prato da casa veio uma pescada grelhada que estava muito boa, mas tinha a opção de ser linguado ou robalo. Camarão a milanesa, ostra ensopada, salada mista e arroz branco (R$162,00) completavam o prato. Além disso, pedimos maionese, por um valor adicional de R$12,90.
E, além disso, pedimos um Barreado, com farinha de mandioca, banana e arroz branco (R$110,00). Todos os pratos vieram bem servidos.
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