Apesar de seus 27 quilômetros, nós consideramos a Travessia Lapinha Tabuleiro de dificuldade fácil. Além disso, possui um visual de tirar o fôlego e é fechado com chave de outro, na Cachoeira da Tabuleiro.
Como chegar de São Paulo para fazer a Travessia Lapinha Tabuleiro
Primeiramente, fomos de avião para Belo Horizonte, pelo aeroporto de Confins. Com o intuito de chegar mais rápido, alugamos um carro e seguimos pelas estradas: LMG-800 até a entrada para MG-010 (placas indicando o caminho para Estrada Real/Lagoa Santa/C. do Mato Dentro/Vespasiano).
Chegando nas imediações da Serra do Cipó, após uma placa indicando Santana do Riacho, siga pela estrada LMG-816. A estrada será de terra, por cerca de 27km e, como resultado, fizemos a viagem em 2h15m mais 30 minutos numa parada. No total, 114km, segundo o Google. Ah, pegamos trânsito na volta, num domingo. https://goo.gl/maps/YDiANbWypsDj6wVz5
Quanto tempo ficar para fazer a Travessia Lapinha Tabuleiro
Indico fazer essa travessia, se você for de fora de MG, durante um feriado por causa de toda a logística já comentada, e por ter muitas coisas para fazer na região! Não só a travessia, mas também cachoeiras e picos com vistas lindas das montanhas e da cidade. Para entrar no parque e fazer a travessia não tem custo.
Fomos, mais uma vez, com a equipe da Trail Running Brasil, a TRB, comandada pelo Marcelo Sinoca e ficamos numa casa que foi alugada no Airbnb com a finalidade de todos ficarem junto.
Tomamos café na cidade em uma padaria, que cobrou um preço fixo pelo café e partimos correndo desde o começo da travessia na Lapinha.
Travessia Lapinha Tabuleiro
- Trilha fácil.
- De uma cidade até a outra são 27 km.
- Altimetria 1.161 m de ganho.
- Cachoeira do Tabuleiro no final da travessia.
Quando fazemos travessias, podemos encontrar todo tipo de terreno e, às vezes, passar por rios e riachos e isso acaba molhando o calçado e nem sempre tem como tirar o tênis, por causa do solo acidentado e as vezes você esquece a toalha para secar os pés. Aí, é molhar o tênis e seguir a caminhada.
Estávamos correndo na frente da equipe mas acabamos nos perdendo nos primeiros quilometros e seguimos quase todo o caminho sozinhos. É uma trilha bem sinalizada com placas, então conseguimos chegar sem dificuldades.
No final do caminho, há um hostel que vende sucos, refrigerantes e isotônico ou seja, foi bastante útil para repor as energias. Foi bem gostoso! Sem dúvida, o que eu acho legal nas travessias é que pode fazer no tempo que precisar, tirar fotos e aproveitar os cenários. Já as provas, pelo contrário, possuem tempo de corte e, é claro, competição e não paramos para fotos nem apreciar tanto a paisagem.
Recomendamos
É uma trilha totalmente descoberta então:
- Passar muito protetor solar;
- Usar boné;
- E tudo que você estiver acostumado para se proteger do sol.
Pegamos um dia nublado, então não tivemos muitos problemas com isso, mas se chover como aconteceu conosco levar Anorak e corta vento.
Cachoeiras durante a Travessia Lapinha Tabuleiro
Existem duas cachoeiras: uma no meio do caminho pequena e uma surpreendentemente grande, no final, que é a Cachoeira do Tabuleiro.
A Cachoeira do Tabuleiro tem 273 metros de queda livre em um paredão de tal forma que é a mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil.
Achei a Cachoeira maravilhosa! Muda muito o fluxo de água, pois depende da chuva e você pode vê-la de cima e de baixo do paredão. Não conseguimos olha-la de cima, mas acho que vale fazer essas duas observações!
Voltamos de van, que foi nos buscar lá no Tabuleiro de volta para a Lapinha.
Faça o download do arquivo GPX da Travessia Lapinha Tabuleiro.
Onde comer na Lapinha da Serra
Bistrô Lapinha
- Restaurante a la carte.
- Comida brasileira e sul-americana.
- Boa comida e boa música.
Comemos com a equipe no Bistrô Lapinha. O ambiente é muito agradável, a comida boa e havia música ao vivo, com um músico local chamado Vilmar Da Lapinha, que fez uma boa apresentação de forrós!
Depois fomos dormir, pois estávamos todos exaustos. Tínhamos 2 opções para fazer a pico da Lapinha ou a Cachoeira do Bicame, acabamos optando pelo pico da Lapinha.
Casulo Gelateria Artesanal e Risoteria
- Restaurante a la carte
- Doceria brasileira e sul-americana.
- Comida média, porém alguns pratos indisponíveis.
- Boa sorveteria.
No segundo dia, almoçamos na Casulo Gelateria Artesanal e Risoteria, que é uma risoteria que também serve sorvete. Foi engraçado, quando fomos pedir, devido ao alto fluxo de clientes, no feriado, a maioria dos pratos estavam indisponíveis, pois tinham acabado os ingredientes.
Eu pedi um risoto de funghi e o Andrey um risoto de brócolis que inegavelmente valia menos do que custava! Mas o sorvete é bem gostoso!
Outra dica do que fazer na Lapinha
Pico da Lapinha
- Trilha difícil.
- Bem sinalizada.
- Total de 9 km ida e volta.
- Altimetria de 1.350 m.
- Propriedade particular R$25,00 por pessoa para subir no pico.
- Se quiser fazer as cachoeiras mais R$20,00.
- Pico da Lapinha e Pico do Breu.
Na entrada e tem que assinar um termo de responsabilidade na portaria. As cocheiras, que estão em uma bifurcação subindo à esquerda.
Nossa Experiência
Achamos a trilha bem sinalizada e fizemos sozinho. Fomos seguindo placas e estacas de madeira, pintadas de vermelho. Eu acabei encontrando muita cobra no caminho, então fiquem atentos!
Tem uma casa na metade do caminho, onde é possível usar o banheiro e parar para comer algo. Após isso, continuamos a subida, mas infelizmente quando chegamos no pico estava chovendo e com névoa, não conseguimos ver nada só a cruz que indica o topo.
Na subida ou na descida você verá uma sinalização para o Pico do Breu que, de acordo com o clima, seria bom deixar para uma próxima oportunidade. Então, desistimos e descemos direto. Na descida deu para ver melhor a paisagem e conseguimos tirar fotos do vale.
Faça o download do arquivo GPX Pico da Lapinha
Acordamos cedo com o intuito de devolver o carro no aeroporto e voltamos pra SP!
Voltamos cedo para a casa pois tínhamos que arrumar as coisas para voltar para BH, pegamos muito trânsito na volta do feriado. Dormimos em BH na casa de uma amiga minha, a Mariana, e jantamos em um barzinho, Boi Lourdes que é uma delicia!
Muito legal o passeio, coloca posts de mais aventuras sem precisar subir montanhas… já me cansei só de ver a trabalheira para subir Eheheh
Acompanhando os passeios e as pizzas 🍕
Parabéns Andrey e à Bela!
Tudo muito lindo, maravilhoso! Gostei especialmente do trecho do relato da Travessia Lapinha Tabuleiro:
“No final do caminho há um hostel que vende sucos, refrigerantes e isotônico. Foi bem gostoso! O que eu acho legal nas travessias é que pode fazer no tempo que precisar, tirar fotos e aproveitar os cenários. Diferente das provas possuem tempo de corte.”
Me lembrou uma famosa poesia, de Antonio Machado (Poeta Andaluz – 1875-1939):
“Caminante no hai camino
Se hace camino al andar
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.
Oi casal querido
Fiz está teavessia e gostei de ver as descrições detalhadas que não tinha.
Parabéns pela iniciativa e “keep going”
Bjs
Maria Helena Zanin
Olá Bela e Bigode, parabéns pelo blog!
Essa é uma travessia que adoraria fazer um dia, mas ainda preciso treinar muito!
Boas corridas para vocês e aguardo novos posts.
Abraços!