São Joaquim está localizada na Serra Catarinense e é, de acordo com as estatísticas, umas das cidades mais frias do Brasil onde chega a nevar no inverno graça as suas baixas temperaturas combinada com chuva. É um município vem se destacando também pelas várias vinícolas com seus vinhos de altitude.
É uma cidade pequena com 27 mil habitantes, que está no planalto serrano catarinense, a 1360 metros de altitude de tal forma que é a cidade mais alta do sul do país.
Os vinhos são de terroir de altitude produzidos em menor escala e que abastecem, principalmente, o sul e sudeste do Brasil. Todos os vinhos tem uma acidez um pouco maior devido a terra e as temperaturas e, dessa maneira, achamos que os vinhos brancos e roses mais gostosos para os nossos paladares.
A maioria das vinícolas fica localizada a oeste da cidade, pela estrada SC-114. Entretanto há duas, a Pericó e a Villagio de Conti, que estão na estrada sentido Urubici, numa região conhecida como Vila Pericó, bem mais distantes da cidade e, além disso, mais tempo em estradas de terra.
Uma curiosidade da região é que existe um vinho laranja que é feito igual ao vinho tinto deixando o vinho branco em contato com a casca da própria uva, por alguns dias ou até anos. No entanto, nós identificamos apenas 3 vinícolas na região que oferecem esse tipo de vinho que são Leoni de Veneccia, Vinícola Bassetti e a Villagio di Conti.
Todas as vinícolas estão com projetos de expansão, como por exemplo, hotéis e o aumento do espaço de serviços.
Como Chegar em São Joaquim
Você pode ir da capital Florianópolis pelas duas opções seguintes:
O caminho mais bonito: pegue a BR-101 até o trevo de Gravatal e vá para a BR-438 até chegar na Serra do Rio do Rastro – onde a paisagem é linda, subindo até Bom Jardim da Serra e, em seguida, siga até São Joaquim.
O caminho mais rápido: vá pela BR-282 até o trevo de Urubuci e entre na SC-430, e de Urubici chega-se em São Joaquim, .
Tem possibilidade também de de Curitiba, siga pela BR-116 até Lages e pegue a BR 438 até São Joaquim ou Porto Alegre que é bem mais longe pegando a BR-101 até Crisciuma até Lauro Muller pela SC-446 e sobe a Serra do Rio do Rastro indo de Bom Jardim da Serra até São Joaquim.
Quando ir para São Joaquim
A melhor época para ir e aproveitar a cidade é o frio, então, o inverno, entre junho e setembro – e é possível que você pegue neve nessa época.
Uma boa época também para aproveitar os sunsets das vinícolas, já que o inverno é seco e não chove, assim tem também maior chance de chegar nas vinícolas, porque em algumas as estradas são de terra e fica bem difícil o acesso quando chove.
No verão, é época da colheita da maçã, que acontece entre o final de janeiro até o início de março.
O que fazer em São Joaquim
Portal de São Joaquim
Localizado na rodovia SC-114, na entrada da cidade, sentido Lages, com uvas e a maçãs que são, com toda certeza, suas frutas principais.
Igreja matriz São Joaquim
Iniciou sua construção em 1918 e fica em frente à Praça João Ribeiro. A igreja matriz de São Joaquim foi totalmente construída em pedras basalto, primeiramente retiradas de cidades vizinhas e, por fim, transportadas por carros de boi.
Praça João Ribeiro
A Praça João Ribeiro é a principal praça da cidade, possui esculturas, um pequeno lago com chafariz e o termômetro com o propósito de registrar as baixas temperaturas do inverno.
Praça Cesário Amarante e Chocolate do Bosque
Na mesma rua da Praça João Ribeiro, é onde fica o centro de Informação Turística da cidade, onde há não apenas panfletos das vinícolas mas também dicas do que fazer na cidade. Em frente a essa praça, fica o Chocolate do Bosque que é um local ótimo para comprar chocolate artesanal e tomar um chocolate quente e, além disso, tem alguns souvenires de lembranças da cidade.
Souvenir da Serra
Essa é a única loja que achamos na cidade com souvenires de lembrança do local, para comprar de presente para algum familiar ou amigo. A loja oferece muitos tipos de produtos, como por exemplo, desde queijos até imãs de geladeira, cerveja da região..
Vinícola Pericó
Fundada em 2002, a vinícola Pericó (site) foi também uma das pioneiras na região, mas fica um pouco afastada está em direção a Urubici, ficando a uma hora e meia do centro da cidade em estrada totalmente de terra (12,8 km do asfalto até a entrada da vinícola e mais 2,3km já dentro da propriedade). Indicamos ir de carro 4×4 ou um carro alto, principalmente em época de chuva, porque a estrada é bem escorregadia.
Com um design moderno e uma varanda com vista para os vinhedos, quem visita a instalação pode participar de visitas guiadas e degustar 4 rótulos de vinhos sob a orientação de um sommelier, por R$90,00. Localizados a 1300 metros do nível do mar, são especializados em uvas francesas e contam com opção de almoço harmonizado pelo Chef Dudu e apresentações musicais aos finais de semana.
Há uma pintura de um artista de Balneário Camboriu chamada Juliette que serviu de modelo para rótulos do vinho. O nome Juliette foi escolhido em consenso e é um nome comum na França e agora está famoso por causa da BBB Juliette a linha é mais nova mas muito gostosa e faz parte na degustação.
É uma das vinícolas mais modernas do brasil quando se refere ao maquinário de colheita, coleta e poda das parreiras. E, curiosamente, há uma pequena criação de lhamas no local. Indicamos fazer a reserva antecipada pelo telefone (49) 9 9922-4499.
Vinícola D’alture
A Vinícola Boutique D’Alture (site) foi fundada por Roberto Chávez e é uma das mais belas arquiteturas da região. Além do tour guiado, degustação e almoços harmonizados aos finais de semana, a D’Alture está em expansão com projeto para as pessoas ficarem na vinícolas em cabanas de luxo, mas até o momento não estão prontas.
Lá, tivemos o privilégio de realizar a degustação e visita a vinícola com o proprietário, o Roberto Chavez, que é um entusiasta e amante do local e, com toda a certeza, foi extremamente agradável fazer a visita com ele.
Mesmo não sendo uma das mais conhecidas, é uma das mais premiadas e, com toda a certeza, vale a pena entrar no seu roteiro. O carro chefe é o vinho Don Roberto que homenageia 6 gerações da família, todos, Robertos.
Vinícola Leone di Venezia
A Vinícola Leone di Venezia (site) tem uma imponente entrada e, no local, ocorrem não só a degustação, mas também a visita com uma enóloga. A degustação de 5 variedades de vinhos, com agendamento prévio em horários pré-estabelecidos.
Ao todo, a vinícola possui 15 rótulos diferentes, categorizados de acordo com sua pureza e os assemblagem, que diz respeito à mistura das uvas.
Dá para realizar piqueniques ao redor da vinícola que, além disso, também oferece uma série de petiscos para harmonizar com os vinhos. Aos que desejam degustar todos os rótulos, é possível prová-los em taças.
Vinhedos Monte Agudo
Os vinhedos do Monte Agudo (site) possui um conceito de vinícola boutique, poucos vinhos, mas com qualidade na produção.
Ótimo local para realizar refeições, seja no almoço ou mesmo no fim de tarde com um sunset lindo e famoso na região. Em volta da vinícola, há lavandas que deixam mais charmosa e cheirosa. Compramos o sunset, pelo site, em julho, mas devido a chuva trocamos por um almoço harmonizado e que, com toda a certeza, valeu muito a pena.
Fundada em 2004 pelo pediatra Leônidas Ferraz e pelo produtor de grãos Alceu Müller, hoje, a Vinhedos do Monte Agudo está aos cuidados dos filhos de Leônidas.
Almoço harmonizado
Os vinhos servidos no almoço harmonizado foram: Sinfonia Blanc de Blancs (de boas vindas), Vivaz, sauvignon blanc (entrada), Chardonnay Unoaked, Sublime (vinho rose), Tinto corte cabernet sauvignon/ merlot safra 2014 (prato principal) e Eko, vinho licoroso (sobremesa).
Cada etapa tinha duas opções de escolha:
Entrada: bolinho de carne de pato e sopa de ervilha com bacon, gostamos mais do primeiro pois estava muito saboroso.
Prato Principal: filé de truta com purê de grão de bico e carne de porco com purê de batata ao molho agridoce de goiaba com pimenta que eu adorei o jeito que foi servida a carne de porco que, com toda a certeza, estava divina!
Sobremesas: sorvete de doce de leite e torta de maça, as duas sinceramente muito boas, ou seja, é bem difícil de escolher qual a melhor.
Um cafezinho também estava incluso no pacote do almoço, que custou R$245,00 por pessoa. Podem ser adquiridos pelo site tanto o almoço como o sunset que possui dois tipos, o Ouro e o Prata. A diferença entre eles é a quantidade de vinhos a que terão direito mas em ambos, há pratos frios e pães para acompanhamento
Villaggio Bassetti
A Villaggio Bassetti (site), nasceu com duas famílias: Pioli e Bassetti. Começaram com vinhedos de Merlot e Cabernet Sauvignon em 2005, e hoje já possuem vários tipos de uvas.
Assim como na Dalture, tivemos a sorte de sermos atendidos pelo dono da vinícola, o Senhor Eduardo Bassetti, que é uma pessoa muito educada e realizou a degustação. Ele deu uma aula de cultura vitivinícola pois ele tem muito conhecimento tanto dos vinhos próprios como os do exterior.
A degustação foi feita as 15:00 horas sob agendamento prévio. O espaço é pequeno porém agradável, já que é realizado em barricas de envelhecimento de vinhos como mesa. Os nomes vinhos homenageiam a esposa, filhos e mãe, trazendo assim um pouco da história da família pelos vinhos. E foi na Vinícola Bassetti onde provamos, gostamos e compramos o vinho laranja.
Assim como a degustação, também é possível participar do Bike no Vinhedo, passeio promovido pela agência de viagens Na Trilha Certa. A partir de duas pessoas, o passeio que tem 4200 m de extensão e, só para ilustrar, conta com um rótulo da vinícola e uma tábua de frios para quando os ciclistas fazem uma pausa na pedalada.
Vinícola Vivalti
A Vinícola Vivalti (site) é propriedade do empresário Vicente Donini, dono da Marisol (moda infantil), com inspiração na Toscana, Itália e que recentemente a FIESC indicou para receber a Medalha de Ordem do Mérito da Confederação Nacional da Indústria em 2021.
Assim como a Pericó, é um local com um design muito moderno. O painel de madeira para exposição dos seus vinhos chama muita atenção tamanha a beleza. Possui uma degustação harmonizada com tábua de frios.
Vila Francione
A Vila Francione (site) inicia sua história em 1990, Manoel Dilor Freitas escolheu a Serra catarinense para produzir seus vinhos, fundando a Villa Francioni, primeira vinícola da região. Hoje, com capacidade para produzir 300 mil garrafas por ano, conta com quase vinte rótulos, engarrafados em um processo automático que dispensa o contato humano.
Fizemos o passeio orientado por um guia especializado completo com um valor de R$60,00 por pessoa e provamos 4 rótulos. Além disso, a vinícola possui uma galeria de arte, que muda a cada 03 meses com artistas do Brasil e até mesmo internacinal como obras de Camille Claudel, artista e escultora francesa.
Ficou conhecida por produzir o “Vinho da Madonna” onde em uma de suas turnês, ela provou o vinho rosé no restaurante Fasano em São Paulo, onde ela pediu o melhor rosé do Brasil. Serviram esse e ela acabou comprando todos o estoque do restaurante.
Aos que desejam degustar todos os rótulos, é possível prová-los em taças, mas os preços são caros para 30 ml de bebida, variando de R$15,00 até R$25,00 por taça.
Villagio Conti
O Villagio Conti (site) trabalha exclusivamente com castas italianas. Faz parte de um cem número de ótimas vinícolas brasileiras que ainda são pouco conhecidas, mas que fazem belíssimo trabalho na vitivinicultura.
Fica próxima a Pericó mas não conseguimos visitá-la. O acesso é difícil, em estrada de terra e, devido as chuvas, recomendamos um carro 4×4. O somellier da vinícola Thera indicou o vinho laranja do villagio conti, mas ficará para uma próxima visita.
Identificação Geográfica
Agora, os vinhos produzidos em São Joaquim estão aptos a receber o selo de Identificação Geográfica (IG) de Vinhos de Altitude de Santa Catarina. A decisão ficou a encargo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O órgão publicou a concessão à cidade e a outros 28 municípios catarinenses em junho de 2021.
O selo de Identificação Geográfica é um reconhecimento de que o vinho produzido nessa região é diferente das demais. Só para ilustrar, já escrevemos sobre isso em Paraty quando fomos nas cachaçarias da região.
Onde ficar em São Joaquim
Ficamos numa pousada no centro chamada Pousada Cravo e Canela que é lugar simples mas com um ótimo café da manhã, além disso, os donos do local são muito simpáticos e solícitos e com certeza indicamos também a você ficar no local!
Do centro da cidade ficava a 3 minutos de carro, dando também para ir caminhando, mas por causa da chuva que pegamos preferimos o automóvel.
Pode ser reservado pelo booking ou pelo (49) 9911-3665 para fazer a reserva diretamente com a Kéu, que é muito simpática.
Estou planejando minha viagem para São Joaquim e suas dicas são maravilhosas! Qual o meio de transporte utilizado para conhecer as vinícolas? Contrataram um motorista?
Boa tarde! não encontramos nenhum motorista que fizesse as viniculas, fomos de carro alugado na regiao!
Obrigado pelas informações! Estaremos em São Joaquim em Fevereiro e o resumo das vinícolas está sendo de grande valia.
obrigada pelas informações!
Obrigada pelo carinho
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